segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Pós-Jogo – Palmeiras 0 X 1 Grêmio

Acabaram-se as esperanças de título. Somente um milagre nos colocará novamente na briga pelo caneco (aliás, milagre muito maior do que aquele ocorrido na rodada em que vencemos o Santos).

A atuação do Palmeiras foi vergonhosa diante de sua torcida. O time foi incompetente e o técnico dos R$ 560 mil mensais foi extremamente infantil na escalação do time e nas substituições.

Já na divulgação da escalação ficou evidente que o Palmeiras não jogaria como se esperava. Ao escalar o time com dois zagueiros e Martinez na zaga, o técnico repetiu o erro que já havia cometido contra o Argentinos Jr. É impressionante como o nosso técnico é cabeça-dura e demora para perceber esse tipo de coisa. Outro erro tático foi escalar Denílson. Particularmente gosto muito desse jogador em campo quando o time está vencendo e precisamos segurar o resultado. Infelizmente ele não funciona quando precisamos resolver e criar as jogadas (salvo raras exceções). Escalar três volantes e um meio de campo marcador, mesmo jogando em casa, reforçou outra vez a falta que Valdívia faz para esse time. Somando-se a tudo isso, ainda temos o inofensivo Alex Mineiro, artilheiro que já deve estar a quase dez rodadas sem marcar um gol que não seja de pênalti.

Então veio o intervalo e todos esperavam uma substituição para arrumar o time. Ela não veio, e ainda levaram mais uns quinze minutos até começar um filme de terror para o Palmeirense. Primeiro o gol gremista, numa falha bizonha do Marcos. Depois sai Denílson entra Jorge Preá (nesse momento me lembrei do jogo contra a Portuguesa no Paulistão-08 e dei um voto de confiança para o Luxa). Então, aos 30 do segundo tempo a cena mais infeliz que eu já vi no futebol, Marcão correndo para tentar cabecear a bola no escanteio. Repito, aos 30 do segundo tempo. Isso ainda viria a se repetir algumas vezes até o final (numa delas o goleiro lançou a bola e correu como se fosse um meio-campista em direção ao ataque, demonstrando o quanto esse time está desunido e sem vontade de vencer). Depois sai Jumar e entra Maicossuel. Pelamordedeus. Maicossuel, não!!! Já chega. É incrível a insistência do Luxemburgo com esse jogador. Incompreensível. Chega a ser ridículo. Para terminar, a entrada de Lenny, o atacante dos sem-gols, decretaria novamente que o Palmeiras não marcaria mais naquela tarde.

Sem matemática, a conquista do título é impossível (pois pela matemática não é impossível, é apenas improvável). Estamos quatro pontos atrás do líder com doze pontos em disputa. Sabemos que com o time desse jeito vamos marcar no máximo (sendo bem otimista aqui) dez pontos (com duas vitórias em casa e uma vitória e um empate fora), o que torna obrigatório que o São Paulo perca duas partidas das quatro restantes, além de outros resultados também improváveis de Grêmio e Cruzeiro.

Deplorável também foi o discurso do treinador, após a partida, dizendo que o objetivo desde o início era a Libertadores, e comparando com o time de 93-94 que teve toda uma preparação em 92 (e esquecendo aqui que o time desse ano teve uma preparação em 2007 também).

Um jogo para ser esquecido, em todos os aspectos, finalizando mais uma semana terrível para o Palmeiras. A briga pela Libertadores se decidirá no Rio de Janeiro no próximo fim de semana, contra o Flamengo. No mínimo um empate é necessário para que não se corram riscos de perder mais uma vez a vaga nas últimas rodadas (como no ano passado).

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